segunda-feira, 28 de junho de 2010

Labirinto negro (vencedora do tal)


Estou sonhando?

Não é realidade

O dia está perfeito!

As aves cantam

As folhas balançam

Com o sopro do vento

As cobras voam

A águia rasteja

Das árvores brotam a água

Dos rios nascem os frutos

De repente tudo fica escuro

Do céu cai gotas de sangue

Dos meus olhos desce larva quente

Corro num caminho sem fim

um labirinto negro

Grito e ninguém me ouve

Choro e diante de mim

Se forma um rio de lágrimas

Não sei o porque

Mas estou com o desejo

De comer minha carne

Beber meu sangue

Meus seios estão palpitantes

Da minha garganta saltam os soluços

Da minha boca escorre o líquido quente

Necessário a vida

A razão se esvai sobre os meus dedos

Ah! Descobrir porque estou assim

estou louca, louca por mim...


Um comentário:

  1. Nietzsche?! Ótimo gosto! =D

    Hums, pelos seus "Labirintos Negros" já vejo um espécie de "meta-amor"...

    Gostei muito desse "lance" de se "auto-fagocitar-se". Comer a própria carbe, beber o prórpio sangue.. Legal!

    Não foi á toa que venceu o "tal"!

    bjooos. ótima semana.

    ResponderExcluir